A deputada estadual Isolda Dantas está repercutindo em âmbito nacional os recentes casos de perseguição a jornalistas no Rio Grande do Norte. Em entrevista ao portal Brasil 247, um dos maiores veículos progressistas do país, Isolda denunciou a fragilidade da liberdade de imprensa no estado e os crescentes ataques à atuação jornalística independente.
Na conversa com o 247, a parlamentar destacou que as demissões recentes de profissionais como Bruno Barreto, Tiago Rebolo, Heitor Gregório e Hugo Vieira revelam uma tentativa silenciosa de controle político e ideológico sobre os veículos de comunicação locais, muitos deles sob influência direta de grupos empresariais ligados à direita potiguar.
“Quando jornalistas são afastados por expressarem opiniões críticas ou por não se alinharem aos interesses dos donos das emissoras, o que está em jogo é o direito democrático à informação plural. É dever da esquerda defender a liberdade de imprensa como instrumento da democracia, enquanto a direita só tenta ataca-la”, afirmou Isolda.
A deputada também chamou atenção para a estrutura oligárquica da mídia no estado, onde empresários e políticos se confundem, muitas vezes transformando os veículos de comunicação em instrumentos de silenciamento de profissionais da imprensa. Para ela, esse cenário exige uma reação firme da sociedade e do campo progressista em defesa dos trabalhadores da comunicação.
“Os jornalistas não são inimigos, são trabalhadores. E estão sendo sufocados por interesses que buscam calar toda e qualquer crítica. Precisamos denunciar essa realidade e lutar por uma imprensa livre, plural e comprometida com a verdade”, reforçou.
A repercussão nacional da fala da deputada trouxe o foco para essa discussão no RN, uma vez que esse problema acontece de forma generalizada em todo o País.
Como desdobramento, a Deputada também convocou uma audiência pública na Assembleia Legislativa do RN para debater a liberdade de imprensa e as condições de trabalho dos jornalistas no estado. O objetivo é reunir profissionais da comunicação, entidades representativas da categoria, especialistas e parlamentares para discutir medidas que garantam autonomia, segurança e dignidade no exercício da profissão. “A audiência será um espaço de escuta, denúncia e mobilização contra as tentativas de censura e silenciamento no nosso estado”, afirmou.